Sou luz que me estou apagando
E, já sem brilho nem calor
Vida que está definhando
Sem préstimo nem valor.
A meu tempo eu fui alegre
Até cantei e dancei …
Agora não sei o que quero
Nem mesmo dizer o que sei.
Pensando no que fomos e somos
E no que estamos ficando
Como porcos convivemos
Por vezes fico chorando.
Fico sentado em casa ou no quintal
À espera que o meu tempo passe
E, daquela hora fatal
Que Deus me tire deste impasse.
Meus filhos depois de mim
Continuai a amar-vos mutuamente
Respeitando toda a gente
Porque as pessoas de bem são assim.
Lembrai-vos que as pessoas
Medem-se pelos seus predicados
E, se para Deus são os bons
Os maus são para os diabos
Isto nos dizem as histórias
E os velhos textos sagrados.
19-08-91
António Fernandes – Tiu Andreia
E, já sem brilho nem calor
Vida que está definhando
Sem préstimo nem valor.
A meu tempo eu fui alegre
Até cantei e dancei …
Agora não sei o que quero
Nem mesmo dizer o que sei.
Pensando no que fomos e somos
E no que estamos ficando
Como porcos convivemos
Por vezes fico chorando.
Fico sentado em casa ou no quintal
À espera que o meu tempo passe
E, daquela hora fatal
Que Deus me tire deste impasse.
Meus filhos depois de mim
Continuai a amar-vos mutuamente
Respeitando toda a gente
Porque as pessoas de bem são assim.
Lembrai-vos que as pessoas
Medem-se pelos seus predicados
E, se para Deus são os bons
Os maus são para os diabos
Isto nos dizem as histórias
E os velhos textos sagrados.
19-08-91
António Fernandes – Tiu Andreia
2 comentários:
Qualquer dia, vou enviar várias poesias desta nosso poeta popular publicadas na extinta revista Mirandum em 1986. Para que o manto do esquecimento não caia sobre a sua obra simples mas tão bela do tiu Andreia.
Ficamos à espera.
E se alguém guardar memórias sobre a "Marçuola", a mulher que em finais - anos 70 ou 80 - do século XIX foi acusada de ter matado os dois filhos do marido - um deles viria a ser o pai(?) ou avô de Tiu Ninete e de Tie Marie da Cruç - faça o favor de enviar, para que possamos documentar da forma mais fededigna possível essas "histórias" que por pouco ainda resistem.
De seu verdadeiro nome, Marcelina.
Obrigado
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